quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Destrua

A madrugada lenta, acompanha:
O despertar dos desesperados
Tentações efervescentes
Sonhos tranquilos
Insônias de amor
Castelos caídos
Céus desejados pelos príncipes da noite.
E o que restará sobre nossas cabeças?
Destrua, destrua tudo.
Antes quê...

(Bairon Fagundes)

Big Brother

Sonhos? Não tenho, eu quero é dinheiro fácil. Cultura? Não tenho, eu quero é mulher gostosa. Preconceitos? Não tenho, mas se alguma bicha vier na minha, dou-lhe logo uma porrada pra deixar de ser fresco. Visão política? Não tenho, voto em branco mesmo.
Tenho algumas ambições mesquinhas, alguns "amores" fúteis (na verdade, "eu pego mais não me apego", entende?). Eu quero ser famoso, sem ter méritos, só uma fama mantida por capas de revista de fofoca, posando com alguma atriz famosa ou uma modelo aspirante à apresentadora de TV. Eu quero é essa vida, quero ser um ídolo, que não pensa, ídolo por me inscrever num reality-show.
(Bairon Fagundes)

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Lizard King

Quando o mar tranquilo conspira armaduras
E suas soturnas e abortadas correntes
Produzem pequenos monstros
A verdadeira navegação é a morte
Horrífico instante
E o primeiro animal é lançado
As patas devoram furiosamente
Seu próprio simples e obstinado galope
E as cabeças se erguem
Equilíbrio
Relaxamento
Pausa
Aceitação
Na agonia muda as narinas
Com cuidado são purificadas
E seladas.
(Jim Morrison)


Porque ele é mestre e porque eu tô ouvindo o CD People are Strange!

Não é um poema

Nem sempre sai de mim
o necessário pra se ter
um poema.
É então que eu traço
[com a esferográfica
o fim de uma inspiração.

Isso não é um poema!
(Certamente não)

Mas se fosse,
diria palavras de amor.
Assim,
sozinho.
(Bairon Fagundes)